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PF deflagra nova fase da Operação Overclean e mira ex-secretários por fraudes e desvio de emendas no Tocantins

Investigação aponta que grupo fraudava licitações, desviava recursos públicos e recebia propina; ex-secretários são suspeitos de desqualificar governos e facilitar atuação de organização criminosa.

31/10/2025 às 12h08 Atualizada em 31/10/2025 às 12h18
Por: Redação
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Foto divulgação
Foto divulgação

 


Nesta sexta-feira (31), a Polícia Federal (PF) deflagrou a oitava fase da Operação Overclean com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que, segundo a investigação, atuava por meio de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com apuração da TV Globo, os alvos da operação teriam atuado no estado do Tocantins, onde efetuavam fraudes em processos licitatórios e intermediavam — ou recebiam — propinas decorrentes de desvios de emendas parlamentares.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO). As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Duas pessoas já foram presas por suspeita de obstrução às investigações: Danilo Pinto da Silva e Éder Martins Fernandes (ex­secretário-executivo de Educação do Tocantins).

Entre os investigados destacam-se:

  • Claudinei Aparecido Quaresemin — ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos do Tocantins

  • Éder Martins Fernandes — ex-secretário-executivo de Educação do Tocantins

  • Itallo Moreira de Almeida — ex-diretor da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia

  • Luiz Cláudio Freire de Souza França — advogado e secretário-geral do partido Podemos

Conforme a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.

Outro destaque da investigação: a PF avalia que os secretários investigados teriam desqualificado governos — no sentido de enfraquecer ou comprometer a governança pública, abrindo espaço para a atuação do esquema corrupto, comprometendo a transparência e a eficiência da administração.


Bloqueios de bens e valores

  • Na quinta fase da operação, deflagrada em 17 de julho de 2025, o STF, por meio do ministro Nunes Marques, determinou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas na Overclean.

  •  
  • A medida foi implementada com o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão em Salvador (BA), Campo Formoso (BA), Senhor do Bonfim (BA), Mata de São João (BA), Petrolina (PE) Brasília ( DF)

  • O montante de R$ 85,7 milhões foi bloqueado com o objetivo de “preservar ativos para eventual reparação aos cofres públicos”.

  • Em fase inicial da Overclean, em dezembro de 2024, foi publicada documentação da PF/Receita/MPF/CGU que indicava sequestro de bens imóveis, veículos, etc., embora sem detalhamento individualizado disponível ao público.


Lacunas e especificidades individuais

  • No caso de Claudinei Aparecido Quaresemin, há registro de decisão judicial que decreta sua prisão preventiva e menciona bloqueio de bens e valores a ele vinculados, além de transferências bancárias suspeitas superiores a R$ 800 mil. (conforme publicação de portal de Tocantins)

  • Contudo, para os demais investigados — Éder Martins Fernandes, Itallo Moreira de Almeida e Luiz Cláudio Freire de Souza França — não localizei publicamente fontes confiáveis que divulguem bloqueios de bens ou valores individualizados atribuídos a cada um, com o mesmo nível de detalhe ou confirmação.

  • Isso gera duas possibilidades: ou ainda não foram decretados tais bloqueios individuais ou ainda não foram divulgados com a identificação pública dos valores ou bens específicos para cada alvo.


Contexto e relevância

A Operação Overclean evidencia um padrão recorrente de atuação de organizações criminosas que se aproveitam de emendas parlamentares, manipulação de licitações e fragilização da governança pública para desviar recursos. O fato de os alvos incluírem secretários de estados e municípios, advogados e agentes políticos reforça a amplitude e natureza sofisticada do esquema.
A menção de que os investigados teriam “desqualificado governos” sugere uma estratégia de subversão dos mecanismos de controle público: ao minar a administração regular, criam-se brechas para favorecimento e corrupção sistemática.

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