
Tocantins registra segundo maior índice de transmissão vertical de sífilis; Palmas está entre as capitais com maiores taxas da doença
A campanha Dezembro Vermelho, dedicada à conscientização e prevenção do HIV e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), reforça um alerta crescente no Tocantins: o avanço silencioso dessas doenças. Embora o HIV ainda concentre grande parte da atenção, especialistas destacam que outras infecções — como sífilis, clamídia, HPV e hepatites virais — têm apresentado crescimento preocupante no país.
Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que o Tocantins registrou 48,5% de transmissão vertical da sífilis, o segundo maior índice do Brasil. Somente em 2024, o estado contabilizou 256.830 casos de sífilis, enquanto Palmasaparece entre as capitais com maior taxa de sífilis adquirida, com 317 casos por 100 mil habitantes.
No cenário nacional, foram registrados 39.216 novos casos de HIV no último ano, com a Região Norte apresentando a maior taxa de detecção: 25,3 por 100 mil habitantes.
Entre os jovens, a situação também é motivo de atenção. Mais de 50% dos sexualmente ativos já tiveram contato com o HPV, segundo o Ministério da Saúde. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima ainda cerca de 17 mil novos casos de câncer do colo do útero por ano no país, sendo 180 apenas no Tocantins.
Infecções como sífilis, clamídia, gonorreia, HPV e hepatites B e C frequentemente evoluem de forma assintomática, o que dificulta o diagnóstico precoce e pode resultar em sequelas graves, como infertilidade, lesões crônicas e até câncer.
Palmas também figura em posição preocupante entre as capitais brasileiras, com 40,2 casos de hepatite por 100 mil habitantes.
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