Quarta, 12 de Novembro de 2025
21°C 34°C
Itaguatins, TO
Publicidade

COP30: o Brasil entre a vitrine do clima e as contradições de bastidor

Sediar a COP30 na Amazônia tem um peso simbólico e estratégico. O Brasil ganha palco para reafirmar sua liderança no debate climático, fortalecendo sua diplomacia ambiental e atraindo investidores interessados em bioeconomia, energias limpas e mercado de carbono.

12/11/2025 às 06h45
Por: Redação
Compartilhe:
Foto divulgação
Foto divulgação

COP30: o Brasil entre a vitrine do clima e as contradições de bastidor

Realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro de 2025, a COP30 colocou o Brasil no centro das atenções globais. Entre os que conhecem o evento, o sentimento é majoritariamente otimista: 41% acreditam que a conferência trará resultados positivos para o país, seja pela visibilidade internacional ou pelos investimentos sustentáveis que podem surgir. Mas, entre os bastidores, o brilho do protagonismo esbarra em críticas, polêmicas e desafios estruturais.

 Oportunidades e ganhos possíveis

Sediar a COP30 na Amazônia tem um peso simbólico e estratégico. O Brasil ganha palco para reafirmar sua liderança no debate climático, fortalecendo sua diplomacia ambiental e atraindo investidores interessados em bioeconomia, energias limpas e mercado de carbono.
Projetos federais, como o “AdaptAÇÃO”, prometem estimular a resiliência de cidades vulneráveis às mudanças climáticas, enquanto governos locais apostam na conferência como motor de desenvolvimento regional e melhoria de infraestrutura.

A mensagem é clara: o país quer mostrar que é possível conciliar floresta em pé, crescimento econômico e justiça social. Se conseguir transformar visibilidade em ação concreta, o Brasil pode sair da COP30 como referência global de sustentabilidadeCríticas, custos e contradições

Apesar das expectativas, o evento não escapou de controvérsias. Entre as principais críticas, estão o alto custo de hospedagem e transporte em Belém, além de denúncias de ostentação, como o uso de iate de luxo alugado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a conferência — um contraste com o discurso de austeridade e sustentabilidade.

Outro ponto sensível é a baixa presença de chefes de Estado: apenas 18 representantes internacionais de alto escalãocompareceram, o que reduziu o peso político esperado. Para especialistas, essa ausência pode indicar falta de engajamento real dos países e comprometer o impacto prático da cúpula.

Além disso, ambientalistas apontam contradições entre o discurso do governo e ações recentes, como exploração de petróleo e lentidão no combate ao desmatamento. O risco é que a COP30 acabe lembrada mais pela pompa do que pelos resultados.

 Um legado em disputa

No fim, o balanço da COP30 ainda está em aberto. Se o país conseguir aproveitar o impulso diplomático e os novos investimentos, o evento poderá marcar uma virada de imagem e política climática.
Mas, se as promessas não se concretizarem, o Brasil corre o risco de transformar a conferência em um símbolo de oportunidade perdida e contradições expostas.

O desafio agora é transformar discurso em legado — e provar que o verde da Amazônia pode significar mais do que marketing ambiental.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Itaguatins, TO
21°
Tempo nublado

Mín. 21° Máx. 34°

22° Sensação
2.32km/h Vento
91% Umidade
80% (0.78mm) Chance de chuva
05h42 Nascer do sol
06h04 Pôr do sol
Qui 38° 23°
Sex 37° 23°
Sáb 38° 23°
Dom 38° 24°
Seg 37° 24°
Atualizado às 07h07
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Anúncio
Economia
Dólar
R$ 5,27 +0,02%
Euro
R$ 6,11 -0,02%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 585,764,94 +1,99%
Ibovespa
157,748,60 pts 1.6%
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Anúncio