
O desafio dos defensores do impeachment do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos) é reunir as 16 assinaturas necessárias para que o presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres, aceite um dos pedidos protocolados na Casa. Esse número representa dois terços do plenário, exigência regimental para dar andamento ao processo de afastamento definitivo.
Atualmente, há cinco pedidos de impeachment contra Wanderlei Barbosa, mas o movimento enfrenta resistência dentro do próprio Legislativo. O grupo favorável ao afastamento ainda não conseguiu reunir as assinaturas exigidas para garantir força política a Cayres.
Nos bastidores, circulam informações divergentes: enquanto alguns afirmam que o governador em exercício já teria o apoio de 11 parlamentares, aliados de Wanderlei asseguram que o número não passa de nove. A leitura entre os mais próximos ao governador afastado é que os 16 nomes só seriam alcançados em caso de traição dentro de sua base.
Enquanto isso, o clima na Assembleia é de incerteza. A corrida é contra o tempo — e contra as articulações políticas — à espera de uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a situação jurídica de Wanderlei Barbosa.
A disputa também tem exposto a falta de apuração em parte da cobertura jornalística local, com informações desencontradas e análises apressadas que desconsideram o real cenário político. Em tempos de tensão e interesses cruzados, o compromisso com a verdade, a transparência e o jornalismo responsável torna-se ainda mais essencial.
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