Nos bastidores da Assembleia Legislativa, cresce a expectativa sobre o desfecho do pedido de impeachment do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos). A principal aposta é que a Casa vai aguardar o julgamento do recurso apresentado por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF) antes de tomar qualquer decisão.
Neste momento, Wanderlei está nas mãos do STF — e também dos deputados estaduais. O futuro político do governador afastado depende diretamente dessas duas instâncias de poder.
Segundo fontes ligadas ao Legislativo, se o Supremo negar o recurso, a Assembleia deve iniciar os trâmites políticos. Até lá, o cenário é de espera e articulações nos bastidores.
Um dos primeiros passos previstos é o arquivamento do pedido de impeachment protocolado pelo vereador de Palmas Carlos Amastha (PSB), no dia 3 de setembro, data em que o afastamento de Wanderlei foi oficializado.
Esse arquivamento tem papel estratégico. Com o pedido ainda ativo, Wanderlei segue inelegível — mesmo que decida renunciar. Ou seja, para tentar disputar as eleições de 2026, ele precisa que o processo seja encerrado oficialmente.
A expectativa é que, caso o presidente da Assembleia, Amélio Cayres (Republicanos), decida arquivar o pedido, Wanderlei renuncie logo em seguida. Com isso, abriria caminho para disputar uma vaga no Senado, e sua esposa, a ex-primeira-dama Karynne Sotero, também poderia concorrer a deputada federal.
Na semana passada, Amastha cobrou publicamente uma resposta de Amélio sobre o andamento do processo. Até agora, a presidência da Casa segue em silêncio — reforçando o clima de indefinição.
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