A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu nesta sexta-feira (8) encaminhar à Corregedoria Parlamentar as denúncias contra 15 deputados envolvidos em confusões ocorridas nos dias 5 e 6 de agosto. A medida foi anunciada após uma reunião da cúpula da Casa para apurar os acontecimentos.
“A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”, informou a Secretaria-Geral da Mesa em nota oficial.
Após análise da Corregedoria, os processos devem retornar à Mesa Diretora e podem ser encaminhados ao Conselho de Ética.
Marcos Pollon (PL-MS)
Zé Trovão (PL-SC)
Júlia Zanatta (PL-SC)
Marcel van Hattem (Novo-RS)
Paulo Bilynskyj (PL-SP)
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
Nikolas Ferreira (PL-MG)
Tenente Zucco (PL-RS)
Allan Garcês (PP-MA)
Caroline de Toni (PL-SC)
Marco Feliciano (PL-SP)
Bia Kicis (PL-DF)
Domingos Sávio (PL-MG)
Carlos Jordy (PL-RJ)
Camila Jara (PT-MS)
As acusações envolvem tentativas de obstrução dos trabalhos no plenário, agressões físicas, ocupação indevida da Mesa Diretora e até uso de criança em ambiente de risco.
Marcos Pollon, último a deixar a cadeira da Presidência, é acusado de tumultuar a sessão e xingar o presidente interino da Câmara. Ele se defendeu dizendo ser autista e que apenas pediu orientação ao colega Van Hattem.
Zé Trovão teria tentado impedir fisicamente a retomada da Mesa Diretora por parte do presidente.
Júlia Zanatta foi acusada de colocar a filha de 4 meses em risco ao levá-la ao plenário durante o tumulto.
Paulo Bilynskyj é acusado de “sequestrar” a Mesa e agredir o jornalista Guga Noblat, além de ocupar indevidamente a Comissão de Direitos Humanos.
Marcel van Hattem também é citado por ocupar a cadeira da Presidência. Em resposta, postou trecho do Hino Nacional e criticou a possível suspensão como “golpe”.
Os demais parlamentares do PL foram incluídos em representações individuais apresentadas pelo deputado João Daniel (PT-SE).
Do outro lado, a deputada Camila Jara (PT-MS) foi acusada por parlamentares da oposição de empurrar Nikolas Ferreira durante a confusão. A assessoria dela nega agressão, dizendo que houve apenas um “empurra-empurra”.
A representação mais recente foi protocolada pelo líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), que pediu abertura de processo disciplinar e suspensão cautelar de cinco deputados bolsonaristas. Já a inclusão de Camila Jara partiu de parlamentares da oposição.
fonte câmara federal
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