Vice-governador Laurez Moreira assume governo do Tocantins após afastamento de Wanderlei Barbosa pelo STJ

Vice-governador Laurez Moreira assume governo do Tocantins após afastamento de Wanderlei Barbosa pelo STJ

O vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira (PSD), tomou posse como chefe do Executivo estadual nesta quarta-feira (3), após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que afastou o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) por 180 dias. A cerimônia foi conduzida em Palmas pelo ministro Mauro Campbell, relator da Operação Fames-19, na sede da Justiça Federal.

O cenário se repete: o mesmo ministro que empossou Wanderlei em 2021, após o afastamento de Mauro Carlesse, agora determina seu afastamento por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.

Após a posse, Laurez afirmou que recebeu a notícia com “tristeza”, mas garantiu que vai trabalhar para garantir a continuidade das ações do governo. “Vamos fazer um levantamento da situação e tomar as medidas necessárias para manter os serviços públicos funcionando com responsabilidade”, disse.

Quem é Laurez Moreira

Natural de Dueré, no sul do Tocantins, Laurez tem longa trajetória na política estadual. Já foi vereador, presidente da Câmara Municipal e deputado estadual por três mandatos. Entre 2007 e 2011, ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados e também foi secretário estadual da Indústria, Comércio e Turismo.

Em 2012, foi eleito prefeito de Gurupi e comandou a cidade por dois mandatos, até 2020. Em 2022, foi eleito vice-governador na chapa de Wanderlei Barbosa. Esta é a segunda vez que Laurez assume interinamente o governo — a primeira foi em 2023, durante viagem oficial do titular.

Laurez é advogado, filho da professora Laurinda e de Juarez Moreira, e pai de três filhos.

Afastamento de Wanderlei Barbosa

O afastamento de Wanderlei e da primeira-dama Karynne Sotero Campos foi determinado pelo ministro Mauro Campbell, no contexto da segunda fase da Operação Fames-19, da Polícia Federal. As investigações apontam indícios de desvio de cerca de R$ 73 milhões em contratos de fornecimento de cestas básicas e frangos congelados entre 2020 e 2021.